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TRT-22 recebe tradutores e interpretes de libras para tratar de nota técnica
Representantes da Associação dos Profissionais Tradutores e Intérpretes da Língua Brasileira de Sinais do Estado do Piauí (Apilspi) foram recebidas por magistrado e servidores do Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região (TRT-22) para tratar da elaboração de uma Nota Técnica sobre a necessidade de regulamentação profissional da categoria e de melhores condições de trabalho.
O estado do Piauí conta atualmente com mais de 200 profissionais tradutores e intérpretes de Libras. Eles atuam em diversas instituições, públicas e privadas, e são os responsáveis por auxiliarem na comunicação de pessoas com deficiência auditiva e surdas. “Atualmente, nós temos uma carga horária de 40 horas semanais e é um trabalho que demanda muito esforço mental e físico, o que pode acarretar em doenças ocupacionais como a Lesão por Esforço Repetitivo (LER) e Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (Dort)”, explicou Maria do Rosário Alves, presidente da Associação.
A Nota Técnica trará informações sobre as condições de trabalho da categoria e será divulgada no Centro de Inteligência da Justiça do Trabalho. “Os Tribunais Regionais do Trabalho montaram um Centro de Inteligência no qual compartilhamos essas informações. A ideia é identificar e reduzir as demandas de processos que envolvam causas trabalhistas relacionadas à várias temáticas relacionadas a JT”, explicou José de Anchieta Araújo Marques, secretário de Governança e Estratégia do TRT-22.
Para o juiz auxiliar da Presidência do TRT-22, Adriano Neves, o documento deverá ser compartilhado também com as Justiças Federal e Estadual. “É importante que a categoria documente e divulgue a necessidade de regulamentação profissional. Desta forma, reduziremos o número de causas trabalhistas decorrentes de doenças ocupacionais, que podem chegar ao Tribunal em um futuro próximo”, finalizou.
Em 2021, o TRT-22 instituiu, por meio do Ato GP N° 64/2021, o Centro de Inteligência Judiciário com o objetivo de identificar e propor tratamento adequado às demandas repetitivas ou de massa no âmbito do Regional. A unidade deve, entre outras atribuições, manter a interlocução com os demais Centros de Inteligência do Poder Judiciário e encaminhar, aos Tribunais Superiores, informações sobre a repercussão econômica, política, social ou jurídica de questões legais ou constitucionais que se repetem em processos judiciais.